quarta-feira, 21 de março de 2012

Cidadania para todos?


Um tal de PROPAZ (acho que é assim que se escreve) chegou na cidade com um monte de atendimento. Tanto na parte documental do cidadão, quando na parte medica, oftalmologica e odontologica.

E o povo vibrou com essa noticia de que o governo estadual, junto com diversas parcerias aqui no municipio, viria realizar, aqui na nossa amada cidade, esses atendimentos. Eu também fui um desses. Por que?

Ora, quem não fica feliz de saber que um projeto governamental irá vim em nossa cidade ajudar, pelo menos por um tempo, a população? Eu fiquei. Por um certo tempo.

Analisaremos o fato que está ocorrendo, observando uma perspectiva historica até chegar nos dias atuais desse ocorrido.

Por muitos anos, no quesito saúde, só tivemos o hospital municipal e postos de saúde para cobrir toda a demanda municipal. Obviamente isso era loucura, afinal um hospital de baixa e média complexidade não teria tantas condições assim de suprir toda essa demanda. A solução muitas vezes era mandar pra Belém.

Com a vinda do Regional, muitos atendimentos começaram a realizar e alguns casos começaram a ser realizados aqui em terras brevenses, facilitando a vida de muitas pessoas.

E durante todo e sse trageto, os estabelecimentos que providenciam os documentos da população também evoluiu. Logo, com toda essa passo evolucional, a tendencia era a demanda ir diminuindo gradativamente.

Porem, ninguem é louco de sair por ai atendendo centenas de pessoas por dia em um hospital, mesmo sendo de média e alta complexidade como o regional. Posso dar dois motivos simples: seria um pessimo atendimento para a população e os profissionais ficariam muito desgastados.

Atender centenas de pessoas por dia, exigiria rapidez. Logo, seria um pessimo atendimento, o que não pode ocorrer por causa que estamos tratando da saúde de pessoas, seres humanos. E como profissionais da saúde também são humanos, exigir mais do que o limite desse funcionario seria desumano. Por isso os hospitais possuem suas demandas diarias de atendimento.

Logo, aquele processo de baixar a demanda gradativamente, foi mais gradativo do que imaginavamos. E bercemos isso quando este projeto chegou em solos brevenses. Apareceu pessoas de todo canto.

Foram centenas de pessoas atendidas por dia. Isso é, na minha opinião, loucura. E nos caminhos possuem escrito “Cidadania para todos”.

Onde está a cidadania? Onde está a humanização? Antedimentos em massa gera estresse para os profissionais, estresse para a população e a rapidez exigida não dá segurança no atendimento, pois o usuario não é atendido da forma que deveria ser. Avaliado como ele tem o direito.

Fazer o povo ficar dias em uma fila, esperando uma senha, pegando sol e chuva, passando fome (como relatou uma senhora em uma das tv´s locais) é desumano. Onde está a cidadania?

Vejo o povo humilhado atrás de algo que é de direito dele ter na hora em que ele precisa-se, porem lhe é negado e precisa ficar mendigando consultas em projetos que o governo faz.

Todo meu bom humor, o qual adoro colocar aqui no meu blog, o qual faz eu brincar com meus textos pra divertir vocês, se foi quando vi uma fila imensa na frente da Escola Santo Agostinho, de madrugada, e pessoas com redes atadas embaixo do caminhão usado pelo projeto.

Infelizmente, muitos não percebem que essa atitude assistencialista do governo é autopromoção para camuflar a verdadeira realidade e fingir que está dando atenção a saúde da população. E quando este projeto se for, e a realidade voltar ao normal, os postos e hospitais de Breves irão continuar sua infinita luta diaria para suprir uma demanda que é desumana para todo o corpo da saúde do municipio.

Para mim, tudo o que disse é a realidade.

Abraços

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