segunda-feira, 26 de março de 2012

Minha maravilhosa Avenida Justo Chermont

“Matar um politico Brevense” era isso que eu estava pensando enquanto, com uma inchada na mão, retirava toda a terra que se acumulou na calçada de casa devido a uma forte chuva.

Quem já andou pela “maravilhosa” Avenida Justo Chermont, sabe do que estou dizendo. A rua é bipolar, tem um lado ruim (horrivelmente pavimentado) e um lado pior (lama, poças de água, lama, buracos, lama…).

Eu tenho um sonho, que um dia o resto da Justo Chermont seja, no minimo, pavimentada. Sonho este que a cada dia vai sumindo dos corações dos meus amados vizinhos que, decepcionados, vivem atolados como porcos na lama.

Mas sempre gosto de, no meio da desgraça, tirar algo bom. Pelo menos isso faz eu aliviar um pouco a tensão. E faz com que eu pare de pensar em “matar” para “torturar” um politico.

Tem gente que não consegue ver um lado bom nas coisas. Eu consigo. Por exemplo, qual a vantagem de se viver numa rua com buracos?? È poder ver as gostosas passarem de bicileta ou moto com os peitões balançando.

Qual a vantagem de morar em uma rua cheia de lama. Bom, é poder ver as mulheres gostosas por mais tempo. Afinal, a lama faz com que elas reduzam a velocidade, assim, nos dando mais tempo para apreciação. E se estiverem a pé, melhor ainda, porque podemos ver elas abrindo as pernas para passar por cima de uma vala.

Realidade: Tem gente que deixa de assistir filme porno para ficar em frente de suas casas vendo a mulherada passar.

Bom, é melhor eu parar de falar sobre as pessimas condições de minha rua, se não irei pegar uma arma e irei atras de um politico de Breves, mesmo sabendo que irei procurar e não encontrarei. Os nossos politicos são impossiveis de encontrar. Como eles conseguem fazer isso em uma cidade pequena é um misterio. Deve haver algum curso para isso.

Realidade: Se você quiser fazer alguem sumir do mapa não mate-o, e sim eleja-o. Nunca mais ele será visto.

Eu to de férias do meu trabalho e da faculdade. Mas nem por isso deixo de trabalhar (quando me obrigam). Como disse no inicio, estava tirando a terra da calçada de casa. E percebi algo que chamou muito a minha atenção.

Antes de começar a me torturar no trabalho, sai com minha mãe para ir comprar verduras e outras coisas que o pessoal da estrada traz pra vender nas manhãs de sabado. Vim bem cedo de lá com ela, e vi uma vizinha na frente da casa dela, sentada, olhando o movimento.

Até o momento, não achei nada estranho, afinal, também fico em frente de casa olhando as mulh… err, quer dizer, fico na frente de casa lendo um livro ou conversando com meus amigos por celular.

O dia passa, o sol esquenta, e eu continuo lá, tirando a terra. Chega o horario do almoço e… ela ainda está sentada no mesmo lugar. Tentei puxar pela memoria e, durante a manhã inteira, ela permaneceu lá, olhando, sentada em frente a casa dela.

O dia passou, e ela continuava lá. Sozinha, ou com o restante do pessoal da casa. “Como ela consegue?” eu me perguntava. Isso é o cumulo da preguiça. Ela passou o dia inteiro sentada na frente da casa olhando os outros. Nem eu fico tanto tempo sem fazer nada.

Durantes os dias, percebi que era constante ela ficar lá. Como também todos os outros que moravam naquela casa, tiravam grande parte do dia para ficarem sentados na frente de suas casas, olhando a rua. Isso dá medo.

Se você morre de trabalhar o dia inteiro, e ainda tem que se matar para cuidar dos seus filhos, morram de inveja dessa familia.

Bom… cansei. Deixa eu me despedir de vocês. E antes de ir embora, a ultima realidade de hojê.

Realidade: Enquanto uns se matam trabalhando neste fim de mundo chamado Breves, outros passam o dia sentado olhando a vida dos outros, ou na internet lendo blogs.

Bom… até amanhã.

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